quarta-feira, 27 de maio de 2015

MÚSICA PARA DEFICIENTES VISUAIS



  "INSPIRADOR!
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gw7IS_dP8TU

DEFICIENTES SUPERAM AS DIFICULDADES COM A MÚSICA

Crianças encantam o público em corais e bandas espalhados pelo país


Redação Crescer

Paladino
Eles tocam instrumentos sem enxergar, soltam a voz sem ouvir e "cantam" sem falar. A música é um caminho eficiente para afastar o preconceito e melhorar (muito) a auto-estima de crianças e jovens com deficiência. Pelo esforço de aprender, mas também pela qualidade da música que produzem, eles têm chamado a atenção do público, que retribui com aplausos e pedidos de bis. Há grupos musicais formados por deficientes em várias cidades do país e eles se apresentam em teatros, programas de televisão, hospitais e escolas. "Hoje recebemos elogios pela qualidade musical da nossa banda e não mais pelo espanto de conseguirmos tocar", comemora a coordenadora do Grupo Surdodum, a fonoaudióloga Ana Lúcia Soares, do Centro Integrado de Ensino Especial, em Brasília.
É na batida dos tambores que o Surdodum mostra a sua música desde 1995. O grupo de percussão possui vinte componentes surdos de 15 a 27 anos, sendo três meninas nos vocais e quatro não-deficientes na parte instrumental. Nas aulas, os alunos aprendem ritmo com um trabalho corporal. Eles andam, dançam e sentem as batidas da palma, dos pés e até do coração. Também aprendem a vibração do som que produzem tocando as paredes e o chão. Por último, começam a tocar os instrumentos com a imitação das batidas. O canto do surdo é como um "samba de uma nota só" porque ele fala num único tom de voz. Não há agudo nem grave. E por não ter retorno auditivo, ele segue as orientações visuais da professora. "Quando quero que cantem com um tom agudo levanto a mão para cima e quando quero grave, abaixo", conta Ana. Ela faz arranjos nas músicas de acordo com a voz de cada integrante do vocal e mostra a letra escrita, que eles reproduzem na linguagem dos sinais. Trabalhando a respiração e a dicção, cantar melhora a voz e diminui a nasalidade, muito comum nos surdos. O repertório com mais de vinte canções, basicamente MPB, já foi tocado em mais de 300 apresentações no país. O grupo já tem um CD demonstração gravado, com o nome de Na batida do silêncio. 


Mãos no lugar de vozes

Há quem cante com as mãos. Em Goiânia, há dois "corais" com deficientes auditivos. No Sinfonia das Mãos, formado por dezoito integrantes da Escola Estadual Especial Maria Lusia de Oliveira, os deficientes apresentam as músicas na linguagem dos sinais, dramatizando as letras com o som de um CD ao fundo. O sucesso do projeto deu origem a outro grupo, o Vozes de Anjo, com 24 componentes da Casa do Silêncio, instituição para deficientes auditivos. Os conjuntos possuem integrantes de 7 a 20 anos. "Utilizar a língua dos sinais para cantar e não a voz é um respeito à cultura deles e não uma imposição para que sejam ouvintes, como a grande maioria da platéia que os assiste", defende a regente Gessilma Dias dos Santos. O repertório é formado de MPB e músicas regionais.
Tocar um instrumento sem enxergá-lo e sem partitura é o que faz há quatro anos o grupo de percussão Segue-o-ritmo, da escola estadual anexa ao Instituto de Cegos do Brasil Central, na cidade mineira de Uberaba. Com trinta componentes cegos ou com baixa visão, de 6 a 50 anos, eles dão um show de ritmo. Os alunos aprendem a tocar pela audição e são comandados por apito. Quatro deles cantam. "Em cada instrumento faço uma seqüência de batidas e o aluno repete", explica o professor de música Mário Jaime Costa Andrade, o Majaca. 

Som no sertão 

A música também ajuda na socialização dos deficientes. Em 1996, no sertão sergipano, em Nossa Senhora da Glória, a 117 km de Aracaju, surgiu a Banda Luz do Sol, que hoje tem quinze integrantes, crianças, jovens e adultos com deficiência mental e distúrbio de comportamento. O projeto foi criado como forma de estender o tratamento do ambulatório de saúde mental da região. "Os integrantes da banda encontraram uma forma de se comunicar melhor e alguns uma maneira de canalizar a agressividade", diz a musicoterapeuta Sony Regina Petris. Em alguns grupos, todos têm lugar garantido, mesmo que desafinem. O Coral Todas as Vozes, da Escola Parque, da Secretaria de Educação do Distrito Federal, conta com 360 integrantes de 10 a 50 anos, 25 deles com deficiência. O coral surgiu em 1998, quando o professor de educação musical Eduardo Sena resolveu reunir numa única apresentação coristas com deficiência e sem deficiência de todas as classes sociais. "Quis mostrar à humanidade como ela é: diversa", diz Sena. Hoje o grupo faz muito mais. "Não é só cantar. Os alunos criam músicas, arrecadam roupas, brinquedos e comida e distribuem nas instituições em que se apresentam", completa o professor. O coral deu tão certo que Sena decidiu montar a organização não-governamental Todas as Vozes. Já está ensaiando para gravar um CD, mas ainda precisa de apoio para realizar o sonho de manter unidas todas as vozes. 

Uma melodia especial

Os Estados Unidos têm, desde 1974, um programa para valorizar o artista com deficiência, chamado Very Special Arts, VSA. Em 1988, o projeto chegou ao Brasil, com o apoio do Ministério da Cultura, e ganhou o nome de Arte sem Barreiras. Ele abre espaço para música, teatro, artes plásticas, literatura e dança. "Outra preocupação é profissionalizar os artistas com deficiência. São poucos ainda que conseguem viver da música", diz a diretora executiva do VSA Brasil, Albertina Brasil.



Disponíve em:  http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,ERT21805-15159,00.html

domingo, 24 de maio de 2015

MÚSICA E DANÇA AJUDAM A INCLUIR DEFICIENTES AUDITIVOS

Ângela Baasch, deficiente auditiva, dançando para os alunos da EM Nossa Senhora do Carmo. Foto: Marcelo Almeida


O mundo dos surdos não é uma calmaria só porque nele não existem sons. As pessoas que não escutam são sensíveis à vibração do ar causada pelos ruídos e têm uma percepção extra que as faz reconhecer ritmos e notar quando alguém se aproxima. "Não ouço nada, mas sinto tudo. E isso me deixa feliz", diz Ângela. Aluna da 4ª série da EM Nossa Senhora do Carmo, em Curitiba, ela também é atendida por profissionais do Centro de Reabilitação Sydnei Antonio (Cresa), da Universidade Tuiuti do Paraná, onde aperfeiçoa o conhecimento em libras (Língua Brasileira de Sinais) e em Língua Portuguesa, aprende leitura labial e a se expressar oralmente.
"Ângela adora dançar. E precisa ter música", conta Ivanir Baasch, mãe da menina e de mais cinco filhos, três deles surdos. A comunicação em casa é feita com gestos, leitura labial, oralização e uma lousa na sala de jantar. "Ela me ensina as palavras certas", afirma, orgulhosa, a dona-de-casa, que parou de estudar na 2ª série e quer que a filha tenha uma profissão, case-se e seja mãe.
Na hora do recreio, Ângela exibe coreografias para as amigas, que imitam seus movimentos sintonizados com o ritmo que sai das caixas de som. A professora da 4ª série, Rosana Chicoski Francisco dos Santos, elogia o desempenho da menina: "Ela é esforçada e atenciosa. Fazemos atividades, com todos os alunos, nas quais as habilidades de Ângela sejam valorizadas", diz. Os especialistas do Cresa estão sempre em contato com os colegas da escola regular para tirar dúvidas e sugerir estratégias.
Além de se comunicar por libras, o surdo também pode aprender a falar pela metodologia da oralização. Nela, treina o reconhecimento de ruídos e sons e exercita a respiração e os órgãos que ajudam na fala. A técnica estimula o uso de aparelhos que amplificam os sons. Mas é preciso sentir-se confortável. "Aprender a falar não pode ser uma imposição, como foi no Brasil até a década de 1990, resultando em graves problemas escolares", adverte Ana Dorziat, professora da Universidade Federal da Paraíba. Só nessa época começou a ser aceito o bilinguismo, que é se comunicar em língua de sinais e ser alfabetizado na língua dominante. Há ainda a metodologia da comunicação total, que permite oralização e uso de gestos. Um exemplo é a Língua Portuguesa sinalizada, um código gestual para a estrutura do idioma (diferentemente de libras, que tem sistema linguístico próprio).

APROVADO PROJETO SOBRE DOENCAS NEUROMUSCULARES E ATENDIMENTO NO SUS



 Foi aprovado pela Comissão de Seguridade Social nessa quarta-feira (13) substitutivo ao projeto de lei da deputada Mara Gabrilli (SP) que dispõe sobre a prioridade  no tratamento de doenças neuromusculares com paralisia motora. Os pacientes acometidos por essas enfermidades necessitam de cuidados especiais e do uso de aparelhos e equipamentos, como os que auxiliam na respiração, tendo em vista que uma das características em comum entre essas doenças é a dificuldade respiratória, causada pela falta de força da musculatura respiratória.

Pelo texto aprovado, as pessoas acometidas por doenças neuromusculares com paralisia motora receberão os medicamentos e equipamentos essenciais para sua sobrevivência do Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive aqueles necessários às comorbidades a elas relacionadas.

De acordo com a medida, os medicamentos e equipamentos necessários aos pacientes poderão ser encaminhados para suas residências ou instituições onde são acompanhados, cadastradas pelos órgãos de saúde competentes, sem qualquer ônus para o usuário. Poderá ser firmado convênio entre a autoridade competente do SUS e instituições sem fins lucrativos que comprovadamente atuem na área e tenham certificação de entidade beneficente, para a entrega prioritária dos medicamentos e equipamentos.

A proposta assegura à pessoa acometida por doença neuromuscular com paralisia motora o direito de receber, por escrito, informações acerca da disponibilidade dos medicamentos e equipamentos, por parte da autoridade de saúde responsável por seu fornecimento.

A medida prevê ainda que a União terá que fomentar pesquisas científicas que tenham por finalidade prevenir, tratar e curar doenças neuromusculares que cursem com paralisia motora.

(Reportagem: Djan Moreno)

IMPLANTE SEM FIOS AJUDA PESSOAS COM PARALISIA A MOVEREM OBJETOS COM A MENTE




Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ogBX18maUiM

POR QUE ELOÍSA?


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BHYuCIuvjnE


"Assistam este vídeo e entendam um pouco, como é o dia a dia das pessoas portadoras de deficiência física. O que poderia ser feito para que esse "quadro" mude?"

TECNOLOGIA AJUDA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NO DESENVOLVIMENTO ESCOLAR



Disponível em:  https://www.youtube.com/watch?v=0cPVoPw2yKU